Olá novamente, eu sou o Sergio Menna, e essa é a Evolução Paralela, uma coluna em que iremos discutir soluções para o metagame de Battle Scenes que tentam combater as estratégias populares usando cards não tão populares. A principal premissa desta coluna é evitar usar os cards que constituem o atual meta – isso mesmo, sem Pyro, Vampira, Cassandra ou o simpático Formigão!
Hoje iremos discutir formas de combater a Joia do Infinito – Tempo, e demais Itens Mágicos.
1. Apresentando a Joia do Infinito – Tempo
Aqueles que dominam os verdadeiros princípios da arte militar não atacam duas vezes. Tudo termina já na primeira campanha. Não consomem suprimentos em vão, durante anos consecutivos. Fazem com que suas tropas subsistam a expensas do inimigo e poupam ao Estado os imensos gastos em que este incorre quando tem que transportar provisões para lugares distantes.
Sun Tzu, “A Arte da Guerra”, Do Comando da Guerra.
A frase que escolhi do Sun Tzu foi para ilustrar o quanto a Joia do Infinito – Tempo pode alterar a situação do jogo. É incrível como a frase do honorável general chinês falha em prever um efeito retranca como o da Joia. Então vamos olhar de perto nosso oponente da semana:
1. Item Único (só pode haver uma única cópia no deck).
2. Os outros
personagens não podem usar ações no turno em que entram em jogo.
3. As ações Imprevistas dos outros
personagens não podem ser usadas durante as Fases de Preparação.
· A Joia é um card de habilidade de nenhum poder específico, então pode entrar carregado em qualquer personagem;
· Os outros personagens, no qual se refere o texto, são todos os outros que não estão carregando a Joia. Caso seu oponente tenha um personagem em cena carregando a Joia ao mesmo tempo que você, NENHUM personagem em cena pode usar ações no turno que entram em jogo e NENHUM personagem pode usar ações imprevistas nas Fases de Preparação (basicamente, as Joias “se anulam”).
Combater a Joia segue o mesmo processo que combater um item único basicamente. Primeiro, tentamos tirá-la dos recursos do oponente para dificultar o jogo. Não conseguindo, tentamos tirar do personagem que a está carregando e, depois, removê-la dos recursos. Além destas opções, veremos aqui também como jogar em torno da Joia.
2. Combatendo a Joia do Infinito - Tempo
O general que domina a arte da guerra é o árbitro do destino do povo e dos rumos da vitória.
Sun Tzu, “A Arte da Guerra”. Do Comando da Guerra.
Como prometido em colunas anteriores, é chegado o momento de falarmos novamente do Colecionador. Em minha opinião, um dos melhores personagens raros do jogo. Vida inicial boa, nem alta demais nem baixa, escudo alto, texto que garante uma habilidade de capacitação fantástica e uma ação imprevista que causa quatro pontos de dano! O que mais me impressiona é que se você tivesse que incapacitar ele em um estágio para executar a ação do texto de colocar o item único no fundo do deck, seria bom também.
Outro exemplo é o personagem Visão V2. O texto dele permite incapacita-lo em dois estágios para descarregar um card de um personagem. Esta habilidade não é uma ação, não dá alvo em personagem e pode ser usada no turno que o personagem entrar em cena. Além de Vingador, Visão também possui quatro habilidades boas, uma ação de dano boa e boa configuração (4/2). Com certeza uma adição interessante para qualquer deck.
Outro personagem com uma ação que permite remover a Joia é o Guardião, embora a ação dele tenha alguns problemas: além do fato de ser uma ação, é uma ação de Telecinésia que só poderá ser usada a partir do próximo turno, ela dá alvo (você descarrega um card de habilidade carregado pelo personagem alvo) e está sujeita a defesa do oponente. Bom card, mas tem essas limitações.
Saindo dos personagens, temos uma série de cenários que podem ajudar. Basicamente, os cenários de dano (Garras Imoladoras, Projétil Inesperado, Explosão Certeira etc.) ajudam a remover a Joia de um personagem. Mas o que fazer contra um Aleksander Lukin carregando a Joia? Bom, daí eu creio que só a Desmaterialização Impossível. Ou o Barracuda.
Em termos de suporte, apenas a Câmara de Neutralização pode cancelar o efeito do personagem portador da Joia (caso alguém se lembrar de mais algo, por favor, adiciona nos comentários).
Para soterrar a Joia no deck do oponente, temos a boa e velha Toupeira Mecânica e o personagem Toupeira. Uma solução também nada convencional é o Rompante Enlouquecedor, que coloca um card carregado por um personagem diretamente na base de seu dono e devolve outro pra mão. Um breve parêntese: alguém já pensou em usar este Rompante para devolver personagem/cenário/suporte carregado por um personagem seu para sua mão? Parece uma opção maluca num primeiro momento, mas me lembro de um deck antigo que usava Golpe Atordoante para devolver Despedaçar a Realidade carregando um personagem! Então, vamos aguardar um pouco mais...
Para encerrarmos este ponto, apenas um disclaimer: todos os itens únicos podem ser combatidos da mesma maneira que a Joia, assim como qualquer outro card de habilidade. Estou apenas mantendo o texto coeso e resumido citando a Joia apenas, mas a aplicabilidade é a mesma para todos os outros cards.
Primeira Conclusão: a Joia do Infinito – Tempo é combatida como qualquer outro card de habilidade.
3. Jogando em torno de uma Joia do Infinito – Tempo
Sobressai-se em resolver as dificuldades quem as resolve antes que apareçam.
Sun Tzu, “A Arte da Guerra”. Da Arte de Vencer sem Desembainhar a Espada.
Para jogarmos “em torno” da Joia, precisamos jogar de maneira que a presença da mesma em jogo não faça diferença. Ou seja, precisamos minimizar o efeito de controle que ela exerce sobre o nosso plano de jogo.
A primeira forma de fazermos isso é evitarmos cards que são barrados pelo texto da Joia. Voltemos ao texto da Joia para melhor ilustrarmos isso:
· Os outros personagens não podem usar ações no turno em que entram em jogo: isso significa que cards como Electro, Pyro, Concentrar Poder, Entrada Triunfal e personagens EV são barrados por esse efeito;
· As ações Imprevistas dos outros personagens não podem ser usadas durante as Fases de Preparação: talvez o efeito mais devastador da Joia. Esse efeito barra Fúria Descontrolada, Incursão Surpreendente e toda uma gama de habilidades úteis de diversos outros personagens.
Se olharmos com atenção, percebemos que a Joia também controla os outros personagens controlados pelo seu oponente. Isso significa que, em alguns momentos, a Joia vai atrapalhar mais o seu oponente do que você. Se a estratégia do seu deck não depender necessariamente de ações imprevistas e ações no turno em que os personagens entram em cena, a Joia trará problemas apenas para seu oponente. Então, a estratégia de não depender dos efeitos barrados pela Joia é boa. Mas como fazer isso?
Para poder jogar sem ações ou quase sem ações na preparação basta compensar com defesa mais alta, ações de combate mais fortes e antecipações mais fortes também. Em suma, você tenta compensar com todo o resto das etapas do turno.
Segunda Conclusão: a primeira forma de se jogar em torno da Joia do Infinito – Tempo é evitar usar ações que a Joia impede. Para assumir esta estratégia de deck, deve-se compensar com proteção e demais ações mais fortes.
Para dar um exemplo, cards como Armadura de Combate I.M.A. em decks de Genialidade, ou Genética Superior em decks de Regeneração são opções para aumentar a defesa de seus personagens. Antecipações que incapacitam personagens é uma solução também para decks de Voo e/ou Elasticidade. Cenários ofensivos, como À Espreita para vilões ou Frenesi de Batalha para deck de Lâminas são opções para aumentar o dano das ações.
A segunda forma de jogar em torno da Joia consiste em ativamente tentar removê-la de jogo, como descrito nos pontos anteriores. Tendo cards no deck que permitem remover a Joia de personagens e/ou dos recursos.
Por fim, existe uma terceira forma: combata o fogo com fogo.
4. Usando a Joia do Infinito – Tempo
Tuas virtudes e teus vícios, tuas qualidades e teus defeitos influem igualmente no ânimo daqueles que representas. Teus menores erros têm sempre nefastas consequências. Geralmente, os grandes são irreparáveis e funestos. É difícil sustentar um reino que terás levado à beira da ruína. Depois de destruí-la, é impossível reerguê-lo. Tampouco se ressuscitam os mortos.
Sun Tzu, “A Arte da Guerra”. Do Combate com Emprego do Fogo.
Há algum tempo atrás eu disse que o jogador deve trazer problemas para seu adversário e não para si mesmo. Algumas vezes, controlar um personagem carregando a Joia do Infinito – Tempo pode trazer problemas apenas para ti. Essa é uma situação indesejável, e deve ser evitada.
Neste ponto, iremos discutir como combater a Joia do Infinito – Tempo usando-a no seu deck. Veremos também como não sabotar-se enquanto você a tem em jogo.
O objetivo de usar a Joia no deck é parar as ações imprevistas e ações usadas por personagens no turno em que eles entram em jogo. É uma forma de ter um card que, mais ou menos, emula os efeitos da dupla Jaqueta Amarela e Homem-Formiga.
É uma forma eficiente de combater o metagame, com uma diferença simples: a Joia não desliga.
A dupla Jaqueta /Formiga impedem ações ao entrar em jogo. A Joia cria uma restrição mais ou menos simétrica: exceto pelo personagem carregando a Joia, seus personagens também não podem usar as ações que a Joia tenta barrar. Então você terá que adaptar seu deck para jogar com a Joia da mesma forma que você adaptaria seu deck para jogar contra a Joia. Simples não?
A dica agora é como “desligar” a Joia para os momentos que você não quer que ela te atrapalhe. Em geral, o ideal é que ela esteja em um personagem que tem boas ações imprevistas, mas quando esse não for o caso, ou quando você precisar entrar em cena com tudo, você vai precisar retirá-la do personagem. Uma forma é carregar Itens Mágicos dos seus recursos em troca da Joia. Outra é usar habilidades de permute de cards (Treinamento Intenso, Reestruturação Molecular, Trabalho em Equipe, Sala de Perigo...). Até mesmo render o personagem se você precisar muito retirar a Joia de cena.
Terceira Conclusão: a segunda forma de se jogar em torno da Joia do Infinito – Tempo consiste em ativamente tentar removê-la. A terceira forma é usando-a no deck, de maneira a não dificultar o seu jogo. Para fazer isso, basta compensar o efeito dela da mesma forma que você faria no primeiro caso.
5. Encerrando
Antes de empreender esse tipo de combate, deve-se prever tudo: identificar a posição do inimigo; conhecer todos os caminhos por onde ele poderia escapar ou receber ajuda; munir-se do material necessário para a execução do projeto; aguardar que o tempo e as circunstâncias estejam favoráveis.
Sun Tzu, “A Arte da Guerra”. Do Combate com Emprego do Fogo.
Após expor todas as possibilidades aqui, encerro com um conselho: use a Joia do Infinito – Tempo se o metagame da sua região for povoado de decks de ímpeto e/ou decks que abusam da fase de preparação para usar ações. Do contrário, use as dicas para jogar contra a Joia. Elas são dicas boas e abrangentes o bastante para serem usadas contra muitas outras estratégias. Eu particularmente sou um grande fã de genialidade e de Toupeira Mecânica, então costumo utilizar cards que favoreçam estratégias em torno destes elementos. Tenho por hábito testar possibilidades incomuns, e sugiro que façam o mesmo: exercitem suas mentes, desenvolvam raciocínio crítico e comecem a desenvolver suas próprias estratégias malucas! Ai depois vocês me contam, ok?
Um abraço e até semana que vem com mais estratégias inusitadas e Sun Tzu!
além dos "Toupeiras" temos tbm Explosões de Laboratório. Card muito versátil p compra, carregar uma armadura de combate e soterrar a Joia do oponente ou voltar sua Retirada p deck...
ResponderExcluirAh, sabia que tinha esquecido de algo! Valeu Guilherme :)
ResponderExcluirmeu, joia se tira até com dano do Pyro se necessário rs. Mas o melhor mesmo é usar uma carta chamada desmaterialização impossível.
ResponderExcluirSim, dano tira a Joia. Exceto talvez no Aleksander Lukin.
ExcluirEnfim, a ideia do artigo é apresentar opções diferentes da aplicada no metagame, como o caso da Desmaterialização Impossível.
Obrigado pelo debate L. Pinky, e continue acompanhando nossas colunas ;)
Corisco também funciona legal pra arrancar uma Jóia.
ResponderExcluirAh, sim, bom exemplo. Sexteto Sinistro é um deck que roda bem aqui.
ExcluirAlguém poderia fazer uma lista dos decks que rodam na sua região?
Aqui em porto alegre é Irmandade, Autista, Sexteto, Poder Cósmico e Guardiões. Esqueci de algum?
Ah, sim, bom exemplo. Sexteto Sinistro é um deck que roda bem aqui.
ExcluirAlguém poderia fazer uma lista dos decks que rodam na sua região?
Aqui em porto alegre é Irmandade, Autista, Sexteto, Poder Cósmico e Guardiões. Esqueci de algum?
Achei muito interessante a matéria, e me ajudou muito. obrigado.
ResponderExcluirBom texto Sérgio, eu me atrevi a voltar a jogar de ultrons na última quinta na versão 2.0 do deck e sem contar com os 4 cards que vc propõe aqui que consistem o meta. O deck me parece bem consistente e ainda pode combar como vc ja conhece bem. O meu medo em Ofensiva Surpresa era o Formigão, então minha estratégia foi colocar ele no deck para baixar primeiro e assim meu op nao possa baixar o dele, essa é a única carta das 4 mencionadas que utilizo. Sem Cassandra, Pyro ou Vampira. Mas percebi agora que o ponto fraco do meu deck se tornou a Joia, se o cara baixar tenho que dar um jeito de tirar antecipando com Simbionte ou com o cenário A Era de Ultron ou no combate, mas nesse último caso me faz perder um turno.
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