The Doctor Is In: Revendo conceitos: Aggro x Controle

 
 Aloha!!!

Após longa conversação (3 mensagens via facebook...) somadas a meu interesse e ao amigo Vargas, estou iniciando minha coluna neste site. Minha intenção nos artigos que irão aparecer a partir de hoje de modo semanal (Oxalá!) aqui é debater algumas ideias com os jogadores de Battle Scenes (sabe aquele quadradinho embaixo do texto, onde está escrito "comentários", então usem ele!). Apesar de jogar diversos card games a muito tempo, com até alguns bons resultados no Magic Online (não tão bons quantos aos que eu consegui no fantasy da MLB, mas ainda assim razoáveis...), não tenho a menor pretensão de ter uma opinião definitiva sobre quase nenhum assunto (exceto melhor banda de todos os tempos = The Who), afinal estamos diante de um jogo com uma mecânica de jogo inédita, infelizmente ainda com poucos players e ainda menos torneios. Entretanto vou tentar abordar alguns aspectos do jogo sobre uma nova perspectiva tentando auxiliar (ou atrapalhar) a montagem de decks, as estratégias de jogo e assim por diante, bem como tentar colocar um ânimo na galera pra tentar extrair ao máximo o potencial das cartas lançadas até o momento.

Sem mais delongas, vamos ao trabalho.

Revendo Conceitos - Aggro / Controle  

Vamos assumir galera, Magic The Gathering é o paradigma dos card games... Está no mercado há mais de quinze anos e boa parte de nós fomos iniciados em cards games através desse jogo, ou no mínimo por alguém que jogava esse treco... Sendo assim é razoável que surjam comparações entre cartas de Magic e  Battle Scenes (Sim o Dr. Destino é quase uma Jace...) e de terminologias. O problema é quando tomamos algumas aproximações como verdade absoluta, e montamos uma estratégia de jogo a partir de conceitos equivocados... 

Battle Scenes é um jogo em que se pontua somente através de contra-ataque (seria Fabian Balbinot um adepto da arte suave?... ou da esgrima?...). Por mais que você tenha vontade, não é possível arremessar uma rocha na cabeça de seu oponente (literalmente você pode, mas não aconselhamos...) e pontuar com isso, você só faz pontos tirando personagens adversários de jogo, logo eles precisam estar lá e você tem que atacar algo que foi colocado previamente em cena. O único ataque direto ao adversário é o ataque ao baralho de seu oponente, atualmente via maquina diabólica ou poltergeist. Sendo assim essas cartas são as mais aggro do jogo. Não adianta encher a mesa com capanga do rei e esperar que eles causem grande incomodo ao adversário como se fossem goblins... Por outro lado, remover ameaças do campo de jogo, característica marcante de decks control, é a forma mais efetiva de pontuar em Battle Scenes, sendo que uma estratégia que elimine personagens adversários o mais rápido possível acaba sendo uma estratégia muito mais aggro do que se imaginaria a primeira vista.

Suponhamos que estamos de acordo até agora, concordamos então que a simples importação de conceitos como aggro e control não corresponde as situações de jogo encontradas em Battle Scenes, como avaliar a estratégia então?

Construtores, Perturbadores e Agressores

Tenho a tendência a classificar os personagens e habilidades em 3 grupos: Construtores de Campo, Perturbadores de Campo Alheio e Agressores ou Batedores. Vou tentar explicar em mais detalhes essa classificação.

1- Construtores: São personagens ou habilidades que vão te dar vantagem na obtenção de recursos ou no controle de cena. Os cards mais facilmente identificado como construtores são as habilidades de genialidade, bem como os personagens que vão para cena para primordialmente usar tais habilidades (por exemplo: Rei do Crime). Poltergeist, Fantasticarro, Dr Destino também podem ser utilizados como cards construtores, acumulando recursos, dando card advantage e fazendo função de tutor (olha as aproximações aí!). Capitão América e Mansão dos Vingadores por sua função capacitadora, assim como Mulher Invisível por sua função protetora (ou até mesmo as habilidades cinza) entram como construtores de campo.

2- Perturbadores: São personagens ou habilidades que vão enfraquecer o campo adversário, sem necessariamente retirar cartas de campo. São as populares cartas chatas, como Atrasar (a campeã aqui), circundar, paralisar, etc.. Alguns personagens são majoritariamente perturbadores como a Emma Frost ou Mercenário. Entretanto tenho colocado todos os personagens com habilidade elástica e quase todos com habilidade de voo nesta categoria. Ataques penetrantes de baixa potência entram aqui também, então Viúva Negra e Gavião Arqueiro também seriam personagens perturbadores.

3- Agressores: Porrada! Força bruta e mate esses desgraçados! Agora estamos falando de dano e de agredir personagens alheios com convicção. Hulk, Thor, Colossus e as habilidades Rocha, Granada de Mão, todas as habilidades elétricas. Acho que não preciso me alongar aqui.

4- Híbridos ou Multi-Funcionais: Assim como Douglas Adams, minhas trilogias também são compostas de 4 itens. Você sagaz leitor, que teve paciência de continuar lendo até aqui deve ter percebido que alguns cards se comportam de maneiras distintas, dependendo da situação de jogo. Um Dr. Octopus carregado com 2 Rochas e 1 Supersoco é obviamente um agressor, já um Dr. Octopus carregado com 1 Atrasar e 1 Arrancar das Mãos é principalmente um perturbador apesar da habilidade intrínseca do homem dos bracinhos (sim pequeno gafanhoto, se ele tiver carregado com pensar rápido e invenção ele é um construtor).

O Caminho do Meio é o Caminho do Sucesso...

Foto do autor da postagem

Até o momento, decks equilibrados parecem mais promissores do que qualquer outra estratégia. O deck que venceu os torneios comentados aqui nesse site são muito fortes porque dosam personagens construtores, perturbadores e agressores, sem exagerar em nenhum deles. A melhor estratégia de jogo até o momento também se baseia nesse equilíbrio... Pegue o seu deck Vingadores (todo muito já tentou montar um) e abra o jogo com gavião e viúva, e veja seu oponente acumular recursos e inverter o domínio de mesa com facilidade. Pegue o mesmo deck e abra com homem de ferro com invenção e suas chances melhoram e muito...

Talvez na próxima edição novas cartas mudem um pouco a estratégia de jogo, tornando decks majoritariamente agressores em decks viáveis, mas por enquanto, ao montar seu baralho, recomendo tentar um equilíbrio entre construtores/perturbadores/agressores, pensando em construir o campo enquanto seu oponente permitir, e atacar quando for efetivo...

Abraço a todos e bons jogos.
E até breve