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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Papo Vip: Entrevista com Fabian Balbinot (O criador)

 Buenas!
Hoje irei entrevistar o criador. Sim, esse criador mesmo! O Fabian Balbinot,! O responsável por esse jogo que estamos gostando tanto. Mesmo com pouco tempo disponível, ele aceitou participar, então confira a entrevista completa!



1) Obrigado por ter aceitado essa entrevista. Você que é criador do sistema Battle Scenes, escritor e nas horas vagas nerd. Fale um pouco sobre você.

Olá, Me chamo Fabian Balbinot, sou criador do card game Battle Scenes, escritor e, nas horas vagas, nerd. (Risos) Brincadeiras à parte, graças a Battle Scenes, sou bem menos escritor, e bem mais nerd nesses últimos tempos. Para saber mais sobre mim, sobre meus livros, textos e minha participação no mundo dos jogos – e até sobre Battle Scenes - recomendo uma visitinha ao meu website www.magicjebb.com.br 

2) O que o motivou a montar o sistema Battle Scenes? Temos muitos outros sistemas, alguns com sucesso mundial. Não seria mais fácil apenas adaptar, fazer um game mod?

Se for examinar bem, cada novo jogo que aparece por aí é uma adaptação de algum outro jogo – ou de vários jogos – que já existe. Não posso dizer que tenha sido diferente com Battle Scenes, onde procurei transformar em algo viável uma série de ideias, combinações, ajustes, e também adaptações, que pululavam em minha mente. A motivação veio da possibilidade de se trabalhar com a Marvel, em conjunto com a Copag, ambas grandes marcas, que permitiriam um trabalho mais elaborado, a longo prazo, com possibilidade de acesso a um grande público.

3) Qual é a maior dificuldade que você enxerga aqui no Brasil para a expansão do TCG? E para o Battle Scenes, quais as dificuldades que você acredita que possa atrapalhar o crescimento do jogo? 

Não vejo o Brasil como um país de iniciativa. O Brasil é um país onde volta e meia as modinhas explodem e “febres” tomam conta das pessoas. Um exemplo: se algo faz um enorme sucesso lá fora, os brasileiros vão tentar copiar exatamente igual, pra fazer sucesso do mesmo jeito aqui, muitas vezes ignorando ideias boas originais de brasileiros que poderiam fazer sucesso por aqui por seus próprios méritos. Isso vale não apenas para produtos, mas também para métodos, procedimentos e hábitos, e posso indicar uma das minhas áreas de atuação, a literatura, como um exemplo desse “plágio” de sistemática típico do Brasil, onde tem se registrado toda uma correria e uma espécie de fanatismo em relação às novas correntes literárias locais, aos novos autores brasileiros, tudo movido por uma difusão de blogs, sites e eventos literários, além de estilos de escrita que, em sua maioria, seguem e replicam o sucesso que já acontece lá fora. Chick-lit, antologias de contos, literatura fantástica e terror regados a mitos europeus... são inúmeros os exemplos dessa literatura que explodiu, virou febre, e que há não mais de dez anos vem fazendo a cabeça de toda uma nova geração de leitores no nosso país. O que isso tem a ver com os jogos? Ora, se essa mesma onda, essa mesma febre brasileira, não vem se registrando em relação aos jogos hoje em dia. Existem card games colecionáveis há duas décadas, os RPGs foram criados nos anos setenta, e temos jogos de tabuleiro desde que o mundo se tornou um lugar decentemente industrializado. No entanto, até há bem pouco tempo, as opções para quem curte jogos se limitavam aos mesmos Bancos Imobiliários, Wars e Super Trunfos de sempre, a não ser que a pessoa corresse atrás dos jogos diferentes e interessantes que não param de surgir no resto do mundo, importando-os ou torcendo para que os mesmos aparecessem em lojas alternativas e geek stores, até bem pouco tempo dificílimas de se encontrar. E, de repente, não mais do que de repente, surge uma nova e inusitada vertente de jogos nacionais, com novas empresas publicando material feito por brasileiros, e empresas antigas, como a Copag, resolvendo seguir nessa mesma toada. Repetindo a pergunta: o que isso tem a ver com os jogos? Com vinte anos de card games colecionáveis e mais de quatro décadas de RPGs e outros tantos tempos de jogos estratégicos em geral, eu me pergunto o que impediu que os brasileiros elaborassem e publicassem seus próprios jogos ANTES dessa onda toda que começa a acontecer hoje em dia? A única resposta que eu consigo ver é esse fator Brasil, de modas e febres e tendências, que, se agora é responsável por tantos jogos novos surgindo no país vindos de ideias de brasileiros (hip, hip, hurrah!), também foi responsável por esse mesmo sucesso e difusão não ter acontecido antes.

Fabian e seu amigo, Tony.
4) Muitos jogadores gostaram da coleção ter 100 cartas e outros reclamaram. Qual é a sua opinião?

A proposta da primeira coleção de Battle Scenes envolvia ter 100 cards, e assim foi feito. Como em todas as iniciativas pioneiras, haveria uma repercussão, que, em meu modo de ver, foi muito boa, principalmente graças aos méritos do próprio jogo, que proporciona uma interação inusitada entre seus cards, diferente de outros card games, e consegue ressurgir com novas estratégias e decks, mesmo dispondo de apenas 100 cards e tendo já se passado tanto tempo desde o lançamento da primeira coleção, Universo Marvel.


5) O sistema possui falhas ou considera perfeito e sem necessidade de revisões? Se sim, poderia citar alguma que pretende revisar? 

Como todo o card game colecionável, Battle Scenes é um jogo que evolui com o passar do tempo, e portanto, há sim falhas em seu sistema. Elas vão sendo percebidas e corrigidas à medida em que o jogo vai acontecendo, desde a sua criação até a hora de abrir boosters e decks, pegar os cards e jogar. Algumas melhorias e correções – que eu prefiro não revelar – farão parte da nova coleção Evolução Tática, a ser lançada em outubro próximo. Aguardem!

Fabian chegando de  carro.
6) A oficialização dos torneios nacionais está próxima de acontecer. Qual é a sua expectativa em relação a isso? Acredita que isso possa acelerar o crescimento do jogo? 

Certamente. Existe um público cativo nos card games colecionáveis e esse é o público dos torneios oficiais. Jogos como Magic, Pokémon e Yu-Gi-Oh! conquistaram suas posições no mercado mantendo os jogadores “profissionais” ativos e recompensando-os, tal e qual os esportes individuais de competição, como tênis ou golfe, e é exatamente isso que eu espero do ambiente de torneios de Battle Scenes.

7) Nos EUA, Richard Garfield, criador do Magic, é praticamente venerado e muito respeitado por todos os jogadores de TCGs. Acredita que você, sendo o primeiro desenvolvedor de um sistema consistente de TCG aqui no Brasil, chegará a ter o mesmo nível de respeito e admiração dos fãs? 

Não sei muito bem o que esperar em relação a isso. É algo novo e diferente que vem acontecendo na minha vida. O que eu espero e pretendo conquistar com Battle Scenes é um renome, uma posição de respeito no mercado de jogos, constituir uma carreira, por assim dizer, algo com o que eu sempre sonhei – e com que o próprio Richard Garfield também deve ter sonhado. Tudo o que vier a mais é bônus e vai exigir que eu me adapte, inclusive essa tal veneração dos fãs, que eu julgo não merecer.

8) Você participa ativamente dos fóruns e redes sociais, auxiliando os novos jogadores. Em algum momento, você já teve a sua paciência testada ao limite por algum jogador? 

Minha paciência varia de acordo com o meu humor. Dependendo do dia e do meu estado de ânimo, eu vou querer jogar um Mjölnir na cabeça do primeiro que me perguntar (de novo) como funciona o cenário Sem Trégua. Já no dia seguinte, vou estar apto a ensinar o jogo do início para qualquer pessoa que queira aprender, mesmo que ela nem faça ideia do que seja um card game colecionável. Tudo depende da situação.

9) No Rio Grande do Sul, estamos tendo um movimento forte do jogo da mesma forma que em outros estados. (criação de ligas, torneios, etc.) Como você encara toda essa iniciativa que está sendo feita pelos jogadores? 

Isso prova que o jogo vale a pena. Só posso agradecer e, na medida do possível, incentivar esse movimento todo – ah, e procurar desenvolver novas séries e cards que justifiquem o apoio dos fãs. Muitíssimo obrigado a todos vocês.

10) A 2° edição está prestes a sair. Há muitas especulações e poucas evidências. Sabemos de todo o comprometimento de confidencialidade que existe, mas você poderia nos revelar algo em relação a esta nova coleção? 

Fiquem de olho no site www.battlescenes.com.br . Os previews da nova coleção já começaram e tenho certeza que vocês vão curtir muito o que ainda vai pintar por aí.

PS: Definitivamente o Fabian não revela nada de spoiller...

11) Agradeço a paciência por participar dessa entrevista e para encerrar, o que você pode dizer para nos novos e "velhos" jogadores de BS, para motivá-los e principalmente a ajudar a expandir o Battle Scenes. 

Um dos méritos que eu vejo em Battle Scenes é essa espécie de relacionamento peculiar, amplo e mesmo imprevisível que existe entre os cards, coisa que já citei e que ressalto como sendo um fenômeno típico de Battle Scenes, algo bem diverso do que se vê em outros card games, em que as interações entre os cards são mais evidentes. Conforme o tempo passa, as pessoas vão percebendo combos e possibilidades malucas usando cards que sequer pareciam ter utilidade à primeira vista. Cenários que aparentam pouca função como a Reunião de Intelectos aparecem no deck de um dos campeões de um grande torneio; Golpes Desnorteantes aplicados no próprio time fazem vilões jogarem Rochas e Granadas repetidas vezes em um mesmo turno, massacrando adversários; uma Batalha em Área Povoada bem colocada transforma o insuperável Wolverine de seu oponente em uma carta inútil; Sabres, Porretes e Jogar Objetos transformam personagens insuspeitos em verdadeiras máquinas mortíferas... E novos cards virão em Evolução Tática, e vão aparecer novos combos e ideias malucas. Muitos novos combos e muitas ideias malucas, eu posso garantir. E muita diversão. Vai perder essa viagem? Nem eu, hahahaha! Abraços a todos e muito obrigado pelo apoio.
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18 comentários:

  1. Excelente! Parabéns Vargas pela entrevista e pelo site por ter trazido essa papo para conhecermos melhor o Fabian! Valeu \o/

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  2. Parabéns a toda a equipe do Site!!!
    Parabéns ao Fabian por criar um jogo que a princípio mostra-se com uma dinâmica simples, mas que é mesmo inusitado e Surpreendente!!! Belíssima Matéria

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  3. Ok, tudo muito legal, Fabian, mas dá pra explicar afinal como funciona o cenário Sem Trégua?

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  4. Cadê meu Mjölnir!!!! kkkkkkkkkk

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  5. Ok, ok. Pra não causar mais confusão, tirei essa porra do deck.

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  6. Matheus Spinoff / MT29 de agosto de 2013 às 13:13

    Quero saber quando teremos um ciclops descente! kkkkk
    Muito bom. Parabéns Balbinot! Sucesso ai para você!

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  7. Parabéns ao Vargas por tamanha dedicação em nos trazer sempre novidades e matérias sobre o nosso card game favorito, e em especial ao Fabian , por se manter tao próximo dessa comunidade que apóia tanto o crescimento do Battle Scenes. Que venha a evolução tática!!!!

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  8. Acho que as confusões dos efeitos de alguns cards é devido os textos muito extensos e dúbios algumas vezes.
    Poderia ser assim " Quando Sem Trégua entra em cena escolha um personagem seu e outro do oponente. Os personagens escolhidos só podem realizar ações entre eles. Se um dos personagem escolhidos sair de cena envie Sem Trégua para os seus recursos."

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  9. Será que haverá novas categorias de habilidades \ poderes nesse novo set?

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  10. Valeu!
    Obrigado pela participação no site!

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  11. Valeu. Tento fazer o possível dentro dos limites. Não só eu como todos do site!

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  12. Será que vai sair o card da poderosa Garota Esquilo.

    Para quem não conhece.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Garota_Esquilo

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  13. Ciclops? Eu quero uma Fênix de verdade não a Jean Grey com o nome de fênix... puf..puf...

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  14. Legal! O criador é um ser humano normal. Um tanto que caricato, mas normal! Parabéns marveltcg por todo esse material!

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  15. To quase fazendo o mesmo!! Quer carta confusa viu, hehehe

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