The Doctor is In (2) - 5 Motivos Pelos Quais Eu Não Consegui Ficar No Top-8

Aloha!!!

Torneio da Hotyugioh monopolizando a atenção da galera. Nada como um torneio bacana pra reacender o interesse da galera pelo jogo. Saí de Campinas rumo a São Paulo com 3 objetivos:


(1) Conhecer a galera que tá efetivamente jogando,
(2) Passar uma tarde agradável, fazendo algumas boas partidas e
(3) Chegar ao Top-8 do torneio. Consegui os dois primeiros e falhei no último por alguns motivos que vou tentar transformar em dicas para que você ria da minha vida antes que eu ria da sua:

1- Troca de deck na Véspera

Teve uma intuição de última hora que contraria tudo o que você fez até então? Ignore-a.

Desde o torneio em Sorocaba eu estava tentando melhorar o meu deck de vilões, tava até tendo resultados um pouco melhores contra quarteto e tava com a estratégia de jogo bem na mão. Eis que não mais que de repente a organização do torneio opta por utilizar a regra anti-mirror que eu não estava usando. Sabe aquele Octopus boladão com Atrasar, Invenção, protegido por esconderijo secreto e chantagem? Então, ele morre se alguém baixar um Octopus... e o esconderijo também. Lá se foi minha estratégia... (Não estou defendendo uma ou outra regra, mas realmente acho que a unificação de regras de modo que todo mundo use a mesma é fundamental para a evolução (tática?) do jogo. Muda demais o modo de jogo (e sim eu adoro parênteses)). Montei um vingateto (maiores detalhes no ítem 4) e cometi alguns erros no torneio simplesmente por não estar acostumado a jogar com esse deck, ou seja, comecei a reduzir minhas chances algumas horas antes do início do torneio.

2 -Jogos em ambiente competitivo

To err, err and err again, but less and less and less.

Sabe aqueles torneios com 6-8 players, valendo duas jujubas e uma paçoca que acontecem na lojinha perto da sua casa? Então, tire as cartas da pasta, mexa esse seu traseiro gordo e vai JOGAR!! Sim, quanto mais partidas contra adversários diferentes você jogar, mais você vai acumular conhecimento sobre o jogo, melhorará o timing do seu deck e, consequentemente, suas chances (Pelo menos eu tenho uma desculpa, por mais que eu venha tentando, na minha cidade não há nenhum local para se jogar Battle Scenes ainda, então meu "campo de treinos" se resume a 1 jogador (meu irmão). Mas e você, tem essa desculpa ou é só preguiça mesmo?). A existência de um prêmio, ainda que simbólico, tende a mudar o comportamento dos jogadores durante uma partida (se você duvida, tente jogar dominó contra seu avô na festa de natal e jogue contra ele valendo uma cerveja no bar da pracinha...) e sim, isso acontece com você também.

3 - Montagem do baralho

Dois erros se anulam, certo? Errado.

A troca de baralho no dia anterior ao torneio me induziu a jogar com um deck longe de estar afinado, segue a lista para melhor análise:

      Vingateto ver0.5

3	Sr Fantastico
2	Mulher Invisível
1	Coisa
2	Tocha
2	Capitão América
3	Homem de Ferro
3	Thor
2	Hulk
1	Vampira
2	Gavião Arqueiro
1	Homem Aranha
2	Dr Destino
3	Dr Octopus
2	Fantasticarro
1	Retirada Estratégica
3	Convocar Reforços
3	Fogo Cruzado
3	Granada de Mão
1	Escudo do Capitã América
1	Mjolnir
3	Pensar Rápido
2	Invenção
2	Rocha
2	Onda de Choque
3	Atrasar
3	Circundar
2	Raio de Força
2	Arremesso Especial

Posso listar algumas coisas que não funcionaram:

- O Capitão América simplesmente não me ajudou em nada.

- A idéia de me proteger dos ataques de antecipação com Fogo Cruzado + Granada de Mão não funcionou. 

- Senti falta de mais uma retirada estratégia e de poltergeist. 

- Fiquei com excesso de agressores.

- 3 Convocar reforços pareceu muito. 

- Em pelo menos dois jogos sofri tentando proteger um tocha extremamente vulnerável, cuja morte daria os últimos 4 pontos necessários pro meu oponente vencer.

Sim, monte seu deck errado e você vai passar por algo muito parecido com o que me aconteceu no meu primeiro jogo no torneio contra o Gudy, ele baixou nos primeiros turnos 2 Reunião de Intelectos, comprou 5 cartas nessa brincadeira e eu fiquei olhando pro fogo cruzado na minha mão e pensando "é... fiz me#$%..."

4- Unnecessary Roughness

“If this team doesn’t put points on the board I don’t see how they can win.” - John Madden

Aprofundando um pouco o ítem 2 e trazendo mais para o meu caso. Em minhas duas derrotas, principalmente na última, eu joguei de forma desnecessariamente agressiva. Me desesperei ao ver uma mulher invisível com poltergeist em jogo e ao invés de aguardar um acúmulo de recursos para um contra-ataque efetivo, mudei meu jogo pra tentar me livrar da Sue o quanto antes... e me estrepei.

Conforme eu disse no artigo da semana passada, Battle Scenes é um jogo de contra ataque, conforme eu disse, é necessário construir o campo antes de partir para o ataque, contrariando tudo o que eu disse, na hora do jogo eu só pensei em matar aquela mulher invisível o mais rápido possível.

Sem querer "psicologizar" demais, mas quando há algo em jogo há dois tipos de desvios possíveis em seu jogo: (e os jogadores de Poker sabem bem disso) Você pode ter uma tendência a ser cauteloso demais, superavaliando os riscos de suas jogadas e presumindo cenários sempre desvantajosos (pedindo mesa com par de Ases antes do flop) ou você pode ter uma tendência a ser agressivo demais, fazendo exatamente o contrário (indo de all-in com 10-J na esperança que os outros fujam, ou que a sequência venha...). 

Entre a ansiedade e a insegurança, a ansiedade me cobrou o preço, contudo, paciente leitor, é importante que você reconheça qual a sua tendência e tente se corrigir durante as partidas.

5- Sorte...

Não estou me referindo aquele topdeck maroto que seu oponente conseguiu... Mas já tá virando tradição. Torneio em Sorocaba, perdi pro meu irmão (que ganhou o torneio) ganhei as outras e fiquei em quarto. Torneio na Hotyugioh, perdi pro campeão e pro vice e amarguei uma décima primeira colocação, ficando fora dos playoffs... Quer ganhar um torneio? Jogue comigo durante a fase de classificação... Se alguém souber de alguma mandinga pra agradar os deuses do pareamento, favor postar nos comentários...

E até semana que vem, povo!